segunda-feira, 7 de maio de 2012

Espaço Aberto – Indira Nóbrega: Essência




Obs.: O texto a seguir, bem como todos que integrarem esse espaço, não representa necessariamente a opinião ou posição do proprietário do Blog.
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Autor: Indira Nóbrega
Contato: http://www.facebook.com/nobregaindira (perfil do Facebook)

ESSÊNCIA

Acabo de ler um pequeno texto que cita três coisas na vida que podem destruir uma pessoa: a ira, o orgulho e não perdoar. Serão realmente esses os motivos da destruição, do bloqueio sentimental, da insensibilidade humana com quem convivemos nos dias de hoje?

    
Na minha humilde opinião de alguém que mal completou 21 anos, mas que já passou por esses três casos, o principal motivo da destruição de uma pessoa resume-se a ela mesma, ao seu coração. Se o coração apodrece, já era, não há como repará-lo. Mas para tornar-se alguém assim é preciso que aquele ponto do nosso orgulho seja maltratado muitas vezes, surrado, destruído. É preciso cair e levantar várias vezes até se sentir cansado e com vontade de revidar. E quando essa vontade aparece, meu bem, não há quem impeça esse coração de fazer os outros pagarem por tudo que já lhe fizeram.
   
 Como um 'bom' pecado capital, o descontrolado sentimento de raiva, ódio e rancor que faz parte da vingança pode acabar destruindo relações (não apenas amorosas, mas também profissionais ou de amizade), tornando quem o sente uma pessoa rancorosa e sem coração. Essa é a ira, que pode ficar guardada por muito tempo dentro de corações ocos, de paredes de pedra, até que chegue o momento da destruição, seja ela dos outros ou de si próprio. Ou ainda, quem sabe, de ambos.
    
Não considero o orgulho como um sentimento ruim. Ao contrário, deveria ser considerado um dos motivos do bem-estar, quando não ocorre em demasia, claro. Na dose certa, o orgulho nos poupa dores e ameniza sofrimentos, pode nos ensinar a ter amor próprio e até chegar a nos impedir de cair. Por outro lado, não devemos viver nossa vida e nossas relações em função dele, pois pode ser a causa de muitas perdas. Quem nunca perdeu um amigo por orgulho e quem nunca o engoliu, tropeçou, caiu de cara no chão e levantou-se mais orgulhoso e insensível do que nunca?
     
Sobre a questão de não perdoar... nossa! O que falar sobre isso? O que falar quando o amor é enorme, mas não consegue perdoar um golpe fatal? O que fazer quando, por mais que você tente, o orgulho constrói uma barreira tão grande que, mesmo apresentando rachaduras ao longo de si, podendo proporcionar bons momentos, não consegue ser destruída ou superada? O perdão é algo bonito de ser dito, é Cristão, mas hipócrita é aquele que perdoa e continua com mágoa em seu coração. Se existe mágoa, no fundo, não há perdão. E se existe perdão, aproveite-o.
    
A insensibilidade humana é fruto de relações fúteis e sem amor, resultado de quedas, mentiras, ira, orgulho e da não capacidade de retirar a mágoa do coração. Ela ajuda a não cair, mas exige um preço amargo em troca... O da capacidade de amar o outro de verdade.

Indira Nóbrega

2 comentários:

  1. Blog encantador,gostei do que vi e li,e desde já lhe dou os parabéns,
    também agradeço por partilhar o seu saber, se achar que merece a pena visitar o Peregrino E Servo, também se achar que mereço e se o desejar faça parte dos meus amigos virtuais faça-o de maneira a que possa encontrar o seu blog,irei seguir também o seu blog.
    Deixo os meus cumprimentos, e muita paz.
    Sou António Batalha.

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