domingo, 21 de novembro de 2010

Brasil: um país de....todos?



Nosso país acaba de passar por mais um processo de eleição presidencial, tendo Dilma como nossa “nova” representante. Acho que nada mais coerente do que analisarmos o nosso Brasil de hoje, certo?
Oito anos depois do “fenômeno Lula”, nosso país hoje está melhor, isso é inegável. Podemos observar avanços em todos os setores, em todos os segmentos. Mas quais os desafios reais que a nossa nova presidente terá de encarar? Qual a prioridade e o que, de fato, está mais carente?
A resposta, para mim, é clara: educação. Nada nesse país está mais carente que a educação. Como eu disse acima, houve inegavelmente avanços significativos em todos os segmentos, mas o abismo existente entre nossa realidade e outros países ainda é absurdamente grande. E que ninguém se iluda, pois nenhum governante poderá em um único mandato resolver os problemas do Brasil. Nem mesmo Lula, o “fenômeno”, conseguiu.
O Brasil possui problemas profundos que vão muito além dos conceitos acadêmicos, da falta de recursos e investimentos. É cultural, está no povo. Algumas vezes eu paro no centro da minha cidade, na região onde se concentram as escolas, e observo. Pra ser bem sincero, é nessas horas que bate o maior desânimo com relação ao tamanho do avanço que tivemos. Tenho que utilizar as palavras do ilustre Cristovam Buarque: “É preciso fazer uma revolução no Brasil através da educação.”
E não estamos falando de levantar armas e sair derramando sangue de políticos corruptos. A revolução da educação tem que começar em casa, na formação. A criança brasileira nunca soube e continua sem saber o gosto do “aprender”. Eu me incluo, claro, nesse grupo medíocre de pensamento fútil. Na escola, o anúncio de “aula vaga” (ao menos aqui no Nordeste é assim que chamamos quando uma aula não tem professor) é motivo de festa, comemoração. No Brasil, se o aluno for obrigado a ir à escola em 2 turnos, é motivo de revolta. Não possuímos o hábito de formar clubes dentro das escolas, como em outros países, para que o aprendizado não seja incompleto e puramente dentro da sala de aula.
Vamos acordar, pois tudo está errado. Esteve, continua e não vejo o menor sinal de que uma mudança significativa aconteça sequer em médio prazo. De nada adianta o combate aos corruptos da política quando nós, estudantes pensadores e futuro da nação, somos os primeiros a “matar/gazear aula” no primeiro vacilo dos porteiros da escola. Falta MORAL ao nosso povo, falta ética em ambas as vias do poder: o Estado e a sociedade. Mais uma vez recorro à opinião de alguém que admiro. Felipe Neto, figura popular da internet por seus vídeos no Youtube, disse algo coerente sobre esse assunto: qual político que tem coragem de chegar ao poder e inverter as prioridades, investindo BILHÕES na educação? Até agora, nenhum.
E qual o motivo de a educação ser o segmento prioritário para mim? Pois sem um povo educado, nenhum outro segmento vai se desenvolver. A saúde está em crise, mas para formarmos melhores profissionais precisamos de educação, certo? Seja qual for o problema que uma nação esteja enfrentando, tudo vai partir da educação daquela criança sem nada na cabeça. O velho ditado é correto, as crianças de hoje são SIM “o futuro da nação”. Mas esse futuro pode ser desastroso, como tem sido há 510 anos. Como eu já apelei em textos anteriores, vamos parar de nos conformar com pouco. Uma coisa é ser mal agradecido, outra coisa totalmente diferente é você ser conformista. O Brasil avançou, isso é fato. Mas o caminho ainda é longo, longo até demais. Quanto mais esperarmos, mais vamos demorar.
A mudança começa por você, por mim. Em nossa casa, nossa escola. Pare de esperar pelo futuro e conserte o presente, pois ele já está MUITO danificado e sem perspectivas de trazer frutos satisfatórios. ESSA é a “arma” que você deve levantar, e o “sangue” é o suor. Mãos à obra. 

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