Consciência Política

Faltando 12 dias para a definição das eleições no Brasil, não resisti à necessidade de comentar o estado lamentável em que se encontra o nível cultural do eleitorado brasileiro.

Deixando de lado a discussão de “deveria ser opcional votar em uma eleição, como nos Estados Unidos”, quero apontar certos pontos presentes aqui em nossa terra, mais especificamente em meu estado, a Paraíba. Então para você que está lendo, peço que tenha atenção.

Pouco me importa em quem você vai votar. Não quero saber de quem você gosta, de quem não gosta. Não usaria este espaço pessoal para pedir voto a NINGUÉM, então abra um pouco a cabeça dura e processe esta crítica que estou fazendo.

Como uma pessoa instruída, escolaridade e formação cultural relativamente boa, me entristece e revolta o que acontece durante o processo eleitoral em um estado como este em que vivo. A pouca escolaridade da maioria não pode ser usada como justificativa para isso.

Nos pontos mais distantes do estado, mas não se escapa disso a própria capital, vemos as pessoas guerreando por candidatos. Lutando, literalmente, por pessoas que elas só vêem a cada 4 anos; pessoas que elas sequer sabem o que fizeram por sua cidade, seu estado.

Mas pior que tudo isso, é ver que a grande maioria ainda escolhe seu candidato aleatoriamente. A grande maioria ainda não sabe que o voto é um direito, mas também é uma obrigação! Poxa, você faz parte de um processo como um todo, não pode ser “levado” por nada nem ninguém!

Presenciei e presencio, especialmente nas cidades menores, as pessoas apoiarem um candidato simplesmente pela festa que ele fez por lá. Quando passa uma carreata com muito barulho e agitação, pega-se logo os amigos e correm para se juntarem! Que critério é esse???

Pessoal, vamos ter um pouco mais de interesse, de consciência. Quer votar em alguém, vote! É um direito seu. Mas faça sua parte, dedique uns minutos e pesquise sobre essa pessoa, verifique o que ela fez ou o que pretende fazer, em quê mentiu, de quê é acusado. Se dediquem ao seu direito!

Diferente do que um amigo e parente, com formação universitária, me falou (“Enquanto a violência não estiver me atingindo... eu voto nele”), as conseqüências de sua escolha vão bater na sua porta, sim! Seja como um mendigo, seja como uma bala na testa! É verdade!

Então, para finalizar, quero pedir....pedir mesmo, que você antes de votar em alguém, análise bem os motivos para fazer isso. Quando você tem um argumento, um motivo, seu voto é revestido de legitimidade. Você confiou “nele”, mas está cobrando, verificando. Não faça de uma eleição um carnaval fora de época, ou decida seu voto e seu apoio como quem decide o time de futebol que vai torcer. Não o faça simplesmente porque sua família apóia fulano... ou vota em “canditado X”. O voto é como um bumerangue: você solta o seu....um dia ele volta. Na sua mão, ou na sua testa. Consciência, povo!