Impressiona quando uma teoria que a gente tanto ouve e tanto ignora, dá um tapa na nossa cara, grita em nosso ouvido. E isso todo mundo está apto a presenciar, vivenciar ou, até mesmo, fazer alguém passar por isso.
Por mais que você viva com a certeza de não ser igual aos outros, é inegável que todos somos cercados pelas mesmas experiências de vida, uns mais, outros menos. Mas, no fim, somos iguais. Essa é a vida real, aquela que espera sua guarda baixar e te pega no momento mais imprevisível possível. E através da pessoa mais inquestionável do seu mundo.
A traição é um termo mal empregado pelos mais leigos. Não precisa, necessariamente, que alguém esteja com uma terceira pessoa, sendo comprometida, para que a traição se configure. Ela é mais profunda, mais complexa, e muito mais cruel do que a traição das novelas e dos filmes.
Eu, como parte integrante desse “todo”, fui chamado a amadurecer bruscamente nos últimos tempos. Aprender que quem a gente mais escuta, é quem menos te ensina; que quando você faz de alguém uma figura fundamental na sua vida, o tolo é você. Paguei o preço por fugir à minha natureza, ao meu “eu” de verdade.
Certa vez ouvi de um amigo sábio, que a confiança é como um cristal. Uma vez quebrado, nada neste mundo poderá consertá-lo a ponto de ter a beleza de anteriormente. Ignorei as palavras de uma amiga de verdade, que por meu bem, disse: “ninguém é tão importante a ponto de ser capaz de destruir a nós mesmos”. E realmente, não é. Não era.
Hoje, muitos me perguntam: “e aí, aprendeu? Tá arrependido?”, e minha resposta não mudou quanto a isso. Eu continuo com o pensamento de não me arrepender de NADA que fiz na vida. Somente me arrependo do que deixei de fazer, mas por pior que tenha sido um erro cometido, eu tenho como experiência, não como arrependimento.
Posso olhar para trás e dizer aliviado: eu fiz o que pude. Saber que me esforcei como nunca antes havia feito, que me dediquei como a nada antes, me alivia e apenas reforça minha filosofia de seguir em frente sem me arrepender dos erros deixados para trás. Consegui medir as conseqüências de meus atos, e me orgulho do resultado que tenho nas mãos.
O que ficou para trás, morreu. O que morreu, não volta. Por não me arrepender de nada é que não vou apagar os posts anteriores deste blog, pois apagá-los não vai fazer com que a verdade seja outra. Me orgulho do que fiz, do que disse, do que senti. Mas não farei novamente, não da mesma forma e muito menos pela mesma pessoa.
Por fim, agradeço àqueles que fizeram parte, momentaneamente, dessa minha experiência. Conheci pessoas que hoje considero verdadeiros amigos. De todo mal, tira-se um bem. Agora é olhar pra frente, o que acabou...passou. Quem passou, morreu. Que descanse em paz. Amém.